Rede LTE é o acrônimo utilizado para Long Term Evolution, nome dado ao padrão de comunicação da quarta geração (4G).
A quarta geração da tecnologia móvel representou 29% das conexões do mercado no ano de 2017, e a estimativa é que alcance 53% até 2025, segundo a pesquisa GSMA Mobile Economy 2018.
Nessa vertente o Blog da Khomp traz algumas premissas da rede LTE: o que é, aplicações em diferentes segmentos e o que a compõe. Confira.
O que é rede LTE e para que serve?
LTE é o padrão de comunicação para tecnologia móvel e a infraestrutura utilizada para distribuição de banda larga, baseada no GSM e W-CDMA. Diferentemente das gerações anteriores, que tinham foco no tráfego por voz, o 4G tem como principal função a troca de dados.
A alta demanda por internet móvel nos últimos anos proporcionou ao 4G uma fácil penetração no mercado global, devido ao rápido crescimento da venda de smartphones. Apesar dos avanços da tecnologia, 49% dos domicílios brasileiros ainda não possuem internet, segundo a Associação Brasileira de Telecomunicações.
Entretanto, a tecnologia LTE não serve apenas para acesso à banda larga via smartphone. Diversos segmentos demandam tal tecnologia, como o agronegócio, cidades, governo, segurança, entre outros.
Oportunidades para a rede LTE em diversos setores
O agronegócio tem tido um amplo crescimento devido ao uso de tecnologias. A rede LTE vem para auxiliar principalmente no uso da fibra ótica, contribuindo na mobilidade, monitoração de sensores (IoT), longo alcance e estabilidade.
Já para as cidades que optam pelo modelo de Smart Cities, o 4G amplia o alcance de navegação na internet, cria oportunidades para utilização de plataformas em nuvem e auxilia no monitoramento de trânsitos e acidentes.
Para o setor público, as oportunidades permitem a ampliação do acesso à rede em escolas, hospitais e unidades de prefeituras. Buscando otimizar os processos, o 4G cria conectividade entre os diversos setores do governo e viabiliza a troca instantânea de dados.
Em relação à segurança, o LTE proporciona uma comunicação de emergência. Com avanços no reconhecimento facial, análises de áudio e sistemas de comunicação para veículos e alertas, o sistema de banda larga auxilia no monitoramento de sensores e equipamentos.
Leia mais sobre o leque de oportunidades e vantagens do LTE para diversos mercados aqui.
O que compõe uma rede LTE
Desde a primeira geração (1G), o sistema de rede é formado por células que são conectadas a uma central. Essas células são locais que possuem antenas para transmissão do sinal de rede.
Com a chegada da rede LTE/4G, criou-se um sistema de tráfego de dados por IP. Esse sistema é denominado Evolved Packet System e demanda uma arquitetura baseada em dois principais blocos: a rede de acesso por rádio LTE e o Evolved Packet Core (EPC).
A rede de acesso por rádio LTE será responsável pela transmissão dos dados através do eNodeB. Com o eNodeB, o equipamento do usuário consegue enviar o sinal e acessar a interface EPC via datagramas IP.
No momento em que os dados estão sob o controle do EPC, ocorrem alguns processos, como demonstra a imagem abaixo:
Mobility Management Entity (MME): principal elemento do EPC. Faz o controle do acesso à rede e realiza a autenticação inicial do usuário;
Serving Gateway (S-GW): responsável pelo transporte e roteamento dos pacotes IP, direcionando o tráfego ao P-GW;
PDN Gateway (P-GW): realizará a tarifação e controle de qualidade do serviço de cada usuário, além da conectividade com redes de dados externas;
Policy and Charging Resource Function (PCRF): responsável pelo gerenciamento das políticas de serviço (plano de dados);
Home Subscriber Server (HSS): é a base de dados central;
Servidor Gateway: possui a finalidade de interligar as diferentes redes e utilizar protocolos para prevenção contra invasões.
Ainda sobre o EPC, dois conceitos são importantes para que aconteça esta transmissão: o comprimento da onda e taxa de bits.
“As diferentes frequências possuem diferentes comprimentos de onda, este fato esta totalmente ligado às distâncias que tais ondas conseguem atingir, o que definirá o alcance que a célula irá chegar dentro da estação rádio base”, afirmou Ricardo Alexandre Vieira, gerente de produtos da Khomp, em sua palestra no Futurecom 2018.
Com relação à taxa de transmissão de bits, Ricardo enfatizou que “existem diversas modulações utilizadas dentro da tecnologia LTE, que estão relacionadas com as taxas de transmissão de bits. O nível destas taxas está relacionado ao nível de sinal ruído que a rede irá ter. Sendo assim, quando a distância entre essas células for menor, maior será o sinal. Caso a distância seja maior, o nível de sinal ruído terá maior proporção”.
Para auxiliar o Evolved Packet System, o Centro de Operação e Manutenção (OMC) é outra parte importante na composição da rede LTE. Através do monitor eNB, é possível ter acesso ao monitoramento, configuração, manutenção e diagnóstico de possíveis falhas da rede em tempo real.
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