Por Raquel Cruz Xavier

11/06/2018

Khomp no Encontro Abrint 2018: confira a cobertura do painel sobre as oportunidades de negócio com LTE

Khomp no Encontro Abrint 2018:: Oportunidades de negócio com LTE

Representada por seu gerente de Produtos, Ricardo Alexandre Vieira, a Khomp foi convidada para participar de um dos painéis mais aguardados do Encontro Abrint 2018: Quais as soluções e os modelos de negócios de utilização do LTE pelo provedor regional. Haverá nova oportunidade para quem não participou do leilão?

Para responder a essa questão, a discussão foi aberta por Yroá Robledo Ferreira, gerente de Outorga e Licenciamento de Estações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que passou um panorama da gestão legal do uso dessa tecnologia.

“Dos 20 mil lotes (definidos pela relação município/frequência), 83% não estão destinados a ninguém”, afirma. De acordo com a autoridade, um dos problemas do processo de licitação está relacionado ao modelo adotado, herdado de concorrências anteriores.

“Percebemos que não é muito adequado a esse tipo de mercado. Na verdade, criamos um problema a ser resolvido e já faz aniversário há três anos. No mercado de tecnologia, esse período é uma eternidade”, explica.

O processo de licitação da exploração das frequências 4G se iniciou em dezembro de 2015. Porém, até hoje, existem licenças sob julgamento, iniciados a partir de recursos administrativos das empresas solicitantes. “O ‘grosso’ vai ser homologado. Alguns ainda não serão atendidos agora, mas o caso será resolvido até dezembro”, anuncia.

A boa notícia, segunda Ferreira, é que a agência regulatória já trabalha na modernização desse modelo. “Já existe um pensamento de como será o sistema. Aliás, sistêmico tem que ser. Não dá para ser em papel. Se for feito, será pelo sistema Mosaico”, afirma.

Na sequência, foi a vez de Vieira apresentar os aspectos técnicos das soluções e distribuição das redes 4G (LTE). O especialista traçou um panorama de toda evolução dessa tecnologia, abordando também as futuras redes 4.5 e 5G. “Desde o lançamento do LTE, há dez anos, testemunhamos uma evolução constante, que nos permite trazer novos conceitos e adoções para o mercado”, evidencia.

Apesar de todos os benefícios do provisionamento de internet via rádio, Vieira é enfático com quem trabalha com fibra óptica: “A gente não vai conseguir fazer uma troca tecnológica. O caminho é a integração entre essas vias”, explana.

Corrobora com essa afirmação o empresário Alexandre Alves, CEO da TIP Telecom. “Ambas serão complementares até a chegada do 5G. O que ocorre depois ainda é uma incógnita. Porém, acredito que as redes de FTTH serão a base para a 5G. Por isso, quem não entrar nessa onda agora pode perdê-la”, alerta.

 

Oportunidades de negócio

O último a subir no palco foi Fernando Secali, diretor de Negócios da AVA Telecom, que focou sua apresentação nas oportunidades de negócios provenientes dessa tecnologia. “Onde estão os clientes? Você pode ganhar dinheiro vendendo serviços de core virtualizado, no LTE, no wi-fi e no acesso”, afirma.

Porém, o executivo chama atenção para os modelos que tendem a surgir, e como os provedores serão impactados. “Num futuro próximo, será possível ‘derrubar’ fibra diretamente no LTE. Ou seja, o device que você tem na mão já vai falar direto com essa tecnologia”, prevê.

Todavia, por mais evoluído que seja esse provisionamento, há um limite de fornecimento de internet ao usuário, que possui as mais diferente formas e demandas de uso. “Por isso, o máximo de informação que você tiver sobre o perfil do usuário é o que vai fazer você ganhar dinheiro”, finaliza.

 

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