Por Raquel Cruz Xavier

13/11/2018

Quais os desafios do mercado brasileiro para aderir à quarta revolução industrial?

Cuarta revolución industrial

Apesar do tratamento futurístico que o assunto leva em algumas rodas de conversa, a quarta revolução industrial é uma preocupação atual das empresas brasileiras. No Futurecom 2018, houveram debates sobre a viabilização de projetos e o desenvolvimento de soluções nacionais para atender esse setor.

Mas o que falta para a indústria 4.0 vingar no Brasil?

“O que tenho ouvido de quem procura desenvolver produtos para esse segmento é a questão da conectividade interna – que vai desde o cabeamento e fiação interna dentro desse ambiente até a indisponibilidade de servidores na nuvem”, relata Sandro Kirchner, gerente de produtos IoT da Khomp.

De acordo com o executivo, quando essas empresas contam com uma solução para armazenamento e processamento de dados, é indoor (ou seja, um servidor local). “É o que demanda interferência humana para a coleta e leitura de informações ou uma estrutura local, em que as informações viajam por meio de cabos e/ou radiofrequência” complementa.

Isso é um problema por conta da logística dos pátios fabris, que dificulta a organização e distribuição dessas vias de transmissão. “Sem contar a necessidade de transferir e computar dados em tempo real, o que é quase impossível nesse contexto”, explica.

Kirchner conta que, infelizmente, ainda há resistência na adoção de nuvem por insegurança. “Os executivos desse setor não têm cultura de armazenar e trabalhar informações para ambientes terceirizados e temem o risco de terem suas máquinas controladas por criminosos”, diz.

 

Falta de padrões

Outro entrave para a viabilização de Indústria 4.0 no Brasil é uma necessidade compartilhada com o resto do mundo: a falta de padronização na linguagem entre os equipamentos IoT. Isso dificulta a viabilização dos projetos de integração, haja vista a necessidade de considerar individualmente os protocolos de comunicação de cada solução disposta no pátio fabril.

“Considere as máquinas de corte a laser utilizadas na indústria metalúrgica. Mesmo aplicadas para a mesma função, cada fabricante utiliza padrões diferentes de comunicação. Então, para considerar qual é a ideal para você, é preciso passar por toda uma longa curva de aprendizado. De equipamento em equipamento”, conta.

 

E você? Quais os seus desafios para aderir a essa revolução?

Se você é integrador, desenvolvedor ou representa uma empresa do setor industrial interessada em adotar esse novo modelo tecnológico, compartilhe suas dificuldades nos comentários.

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