Quais as necessidades e perspectivas de tecnologia aplicada no Turismo Profissional? Para responder a essa questão, o segundo dia do Futurecom 2018 contou com MeetUp: Inovação, Tecnologia e Mobilidade transformando a Experiência do Cliente Conectado, que reuniu representantes do setor com especialistas em tecnologia, como o CEO da Khomp, Giancarlo Macedo.
Além do executivo, participaram da mesa Fábio Costa, fundador da Casa Mais 30; Jorge Della Via Júnior, gerente de Tecnologia e Inovação da Accor Hotéis; Fernão Loureiro Tanaka, Business Travel manager da Phillips; e Eduardo Colturato, diretor de Turismo e Eventos da São Paulo Turismo. O encontro foi mediado por Gabriela Otto, CEO da Gabriela Otto e colunista do Panrotas.
Big Data
O primeiro assunto levantado na mesa foi a aplicação de Big Data pelas empresas de Turismo. De acordo com Fernão Loureiro, apesar da necessidade de agregar esse modelo de operação e da perspectiva de que esse movimento venha a ocorrer, a leitura e captação de dados para melhorar a experiência do viajante não é uma realidade. “O segmento de Turismo para Lazer, que envolve operadoras e consolidadoras de viagens, já é tratado de maneira mais séria. Diferente do Turismo Corporativo, que ainda trata o tema de forma distante”, analisa.
Para Giancarlo Macedo, um dos entraves dessa mudança é a praticidade. “Atualmente, os smartphones são os maiores geradores de dados pessoais. Porém, nem toda aplicação com a finalidade de reportar a realidade do usuário é prática. É nesse ponto que entra a Internet das Coisas e, por consequência, o uso de sensores”, explica.
Eduardo Colturato também elenca a falta de expertise para utilizar as informações do usuário como um obstáculo para sua aplicação. “O Big Data talvez seja a ferramenta que menos impacta o turista no destino”, conclui.
Tecnologias do presente e do futuro
Entrou em pauta também a utilização de realidade virtual e aumentada aplicada em diferentes segmentos do Turismo.
“Recentemente fizemos um trabalho com a Agaxtur que contemplava a utilização de óculos VR nas agências de viagem. A ideia era dar o ‘gostinho’ do destino para influenciar a venda”, conta Fábio Costa.
Apesar de positiva, os participantes da discussão não vislumbram a longo prazo a massificação desse tipo de iniciativa, mas a entendem como uma tendência futura.
Já a aplicação de inteligência artificial, principalmente no que se refere a chatbots, já é bastante explorada. “É uma ferramenta essencial para o Turismo Corporativo, tendo em vista a disposição 24 horas para o usuário”, avalia Loureiro.
Porém, ainda existem lacunas de aplicação. “Diferente de dois anos atrás, quando representava a segunda maior receita de um hotel, o telefone é pouquíssimo utilizado pelos usuários. Seu principal uso hoje é para sanar dúvidas comuns com a própria administração do hotel, como o horário do café da manhã ou a disposição de serviços. Por que, então, não dispensar o aparelho e preparar chatbots para responder a essas questões?”, questiona Della Via Júnior.
Considerações finais
Independentemente do ritmo de adoção, todos da mesa concordaram que o ingresso dessas tecnologias no setor do Turismo é um caminho sem volta. A questão é como viabilizá-las, técnica e monetariamente, e definir suas políticas de uso. “Quando recebermos informações justamente no momento em que estamos precisando, estaremos no cenário ideal”, finaliza Giancarlo Macedo.
Esse artigo faz parte da cobertura do Futurecom 2018! Fique por dentro dos principais temas abordados no evento sob a ótica da Khomp!