Por Raquel Cruz Xavier

28/06/2018

Internet das Coisas, Comunicações Unificadas e Inteligência Artificial são destaques no CEBIT 2018

CeBIT 2018 - visão da Khomp

Entre os dias 11 e 15 de junho, ocorreu em Hanover, na Alemanha, a CeBIT 2018 – uma das principais feiras de tecnologia do mundo.

No intuito de conhecer as tendências que movem o mercado internacional, bem como firmar parcerias estratégicas, a Khomp enviou seu diretor de Vendas Internacional, Jeremias da Silva, que compartilha nessa entrevista suas impressões sobre o evento.

 

Blog da Khomp: Qual sua opinião geral sobre a CeBIT 2018?

Jeremias Silva: A edição deste ano foi diferente da que participei em 2014. Nesse meio tempo, é perceptível a mudança de direcionamento do encontro, hoje mais voltado para apresentar inovações tecnológicas disruptivas e prospecção de novos talentos do que no fomento de parcerias comerciais.

 

BdK: Então, qual o futuro do mercado de Telecomunicações?

JS: Percebe-se uma movimentação maior para o investimento em comunicações unificadas. Isso se traduz na busca das companhias europeias pelo desenvolvimento de produtos que cumpram mais do que uma determinada função relacionada à telefonia, abraçando sistemas integrados.

 

BdK: E como a Khomp se encaixa nesse contexto?

JS: Esse direcionamento europeu faz parte do que nossa empresa está buscando, integrando outras tecnologias nas Telecomunicações, como no desenvolvimento dos dispositivos de controle de acesso integrados às centrais telefônicas, dispositivos SIP e IoT conectados, plataforma cloud e sistemas para gerenciamento centralizado.

No caminho do posicionamento da Khomp como o provedor de tecnologia e produtos para que nossos parceiros desenvolvam UC (Unified Communications), o próximo passo, que já estamos trilhando, é o investimento em IoT (Internet of Things).

 

BdK: E o que a CeBIT trouxe de novidade em relação a essa tecnologia?

JS: O que pude perceber é que ainda não existe um padrão de desenvolvimento e protocolos (e está cada vez mais difícil saber quando será essa definição). Consequentemente, as tecnologias são muito abertas.

Além disso, notei que os fornecedores de IoT não oferecem necessariamente uma infraestrutura, mas sim uma solução que utiliza desta tecnologia para atender a uma determinada necessidade.

Isso referenda a estratégia da Khomp para o segmento: ao invés de focar em oferecer aplicações, apresentamos equipamentos que se adéquam a qualquer tipo de sensor.

 

BdK: Como assim?

JS: Vimos lá que as empresas têm investido em hardwares que falam só com um sensor. Você tem Internet das Coisas, mas fatiada por aplicação. Nesse contexto, uma solução para eficiência energética, por exemplo, só conversa com uma tecnologia IoT – sem se conectar com as demais “coisas”.

Estamos indo na contramão desse pensamento. Acreditamos que o caminho não é oferecer uma solução que exclua as demais, por exemplo: uma solução de eficiência energética, uma solução de controle de temperatura, uma outra solução de controle de luminosidade, outra de controle de incêndio, outra de controle de acesso, e outras mais. Na nossa visão, a grande “sacada” dessa frente é ter uma base de centralização dos dados para que seja possível cruzar e processar todas as informações.

A partir disso, a certeza de que rumamos para o caminho certo ficou muito claro, pois vimos muita gente falando sobre IoT, mas pensando somente na solução proposta. Não encontramos ninguém que siga nossa concepção, pensando num modelo de integração – em que oferecemos um hardware para os integradores desenvolverem suas aplicações, que inclusive podem ser de qualquer tipo pois suportam todas as conexões IoT de uma empresa.

 

BdK: Nesse cenário, quais oportunidades os desenvolvedores brasileiros devem ficar de olho para aproveitar?

JS: Tanto no mercado brasileiro quanto para atuação no mercado internacional, a visibilidade de mercado da Khomp para os integradores é focar não em soluções isoladas, mas pensar em conectar mais de uma vertical de mercado, processar mais de uma fonte de dados para trazer mais informações para o seu cliente final.

Os parceiros da Khomp já podem sair na frente nesse sentido: baseado na tecnologia IoT da Khomp, o integrador conta com uma plataforma que permite conectar diferentes sensores em um só sistema.

 

BdK: Alguma particularidade ou modelo de negócio dedicado às verticais do cenário brasileiro?

JS: Fala-se muito sobre Inteligência Artificial, o que se dá por meio do processamento de dados. Então é fundamental que a solução tenha excelência na captação dos dados para então processá-los e entregar essa inteligência. O evento todo focou muito nesse tema também: processamento de dados e Inteligência Artificial. A informação existe, é preciso processá-la.

E esse foi o modelo que desenhamos para nossos parceiros: a base de hardware e a captação facilitada dos dados para que eles possam processar e entregar inteligência, tanto para o mercado de Telecom, quanto para as aplicações IoT.

 

BdK: Quais aplicações de IA despontaram no evento e chamaram a sua atenção?

JS: Processamento de informações baseado em Inteligência Artificial já é uma realidade, embora no Brasil não esteja tão evoluído. As aplicações de IA processam e cruzam dados para fornecer indicadores e informações para tomada de decisão por pessoas ou automatizadas em máquinas.

Eu acredito que a informação é a chave. Ela está sendo disruptiva para a indústria 3.0 e 4.0. Por exemplo o computador Watson da IBM que utiliza cruzamento de dados e machine learning. Inclusive, observando a última publicação do gráfico de Gartner sobre o ciclo das tecnologias, há uma nova tendência para o IA, o Artificial General Intelligence.

Mas quero chamar atenção nesse gráfico para o IoT:

 

Gartner Hype Cycle for Emergency Technologies 2017

 

Veja que ele ainda está na curva em ascendência, isso porque é uma tecnologia muito abrangente de possibilidades. Outras tecnologias chegaram antes, mas já estão estabilizadas na curva Peak of inflated expectations, como o caso do Blockchain. O “boom”, o ápice do IoT está por vir.

 


Em resumo, quem ir além de fornecer infraestrutura, entregando soluções de inteligência para seu cliente, tende a colher bons frutos no horizonte.

Entendendo esse cenário, a Khomp busca desenvolver equipamentos que integrem diferentes soluções IoT e centralizam a coleta de dados, garantindo a base ideal para o desenvolvimento dessas tecnologias. Afinal de contas, não é à toa que nosso propósito é Enabling Technology.

 

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